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“Uma casa no Mediterrâneo”

Por Ana Antunes

 

A Eliana e João moravam em Lisboa e mudaram de casa recentemente devido à chegada dos filhos gémeos. Precisavam de uma casa maior, e encontraram uma no campo no entanto apresenta muitos desafios e muitas coisas para fazer.

Candidataram-se com a sala onde passam maior parte tempo e onde brincam com os filhos. É uma divisão relativamente pequena que precisava de mais conforto. O espaço é estreito e, por isso o layout permaneceu mais ou menos o mesmo.  Foi criada uma sala prática, simples e clean, inspirada nas casas de campo em Ibiza, toda branca, pontuada com pormenores de madeira, juta e elementos naturais. Transformámos a sala com os olhos postos no exterior.

Este casal mudou-se precisamente pela vontade de um espaço exterior, onde os filhos pudessem crescer a brincar e, por isso fez-nos todo o sentido remodelar também este espaço que em parceria com a INGREEN nos ajudaram a projetar e criar este jardim. Foram delineadas várias zonas neste espaço, uma zona lounge de baixo das árvores, uma zona de refeições com uma pérgola e uma zona de relva para as crianças brincarem.

A grande premissa era estender a sala para o jardim e deixar o jardim entrar na sala, que os dois espaços se interligassem numa linguagem mediterrânica onde o contraste da madeira com o branco fosse o ponto principal.

Neste primeiro episódio abordámos um assunto que já faz parte do nosso dia-a-dia mas que nunca é de mais falar, a sustentabilidade. Essa preocupação foi tida através de lâmpadas solares, uma mini horta, um ponto de reciclagem e mobiliário em teka, que garante este compromisso pelo seu processo de fabricação e transporte.

“De cave a casa”

Por Ana Antunes

A Catarina e o Diogo que esperam o primeiro filho e vivem na cave de uma casa da família, um espaço promissor mas sem condições para esta jovem família. Transformámos então esta cave numa casa.

Foi sem duvida um projeto desafiante, era importante definir zonas pensadas especificamente para as necessidades deste casal, como a cozinha, a zona de refeição, a sala e dois quartos. Ou seja, criar as divisões necessárias para podermos chamar a este espaço de casa.

Um dos maiores desafios deste espaço era criar divisões sem tirar a pouca luz natural que existe, os quartos são as únicas zonas fechadas com uma solução que não são paredes, é uma estrutura com impacto visual na decoração em vidro com molduras em preto, para deixar a luz passar mas que ao mesmo tempo dá alguma privacidade.

O branco como cor predominante em espaço todo era fundamental porque tem pouca luz e um pé direito muito baixo. É uma tela branca que deu luz ao espaço e foi também a base dos apontamentos de cor.

Cozinha branca e neutra com um apontamento de destaque numa das paredes com pastilha preta. Esta divisão conta também com pormenores em preto, como os móveis superiores na parede do fundo para dar dinâmica à cozinha e mais profundidade.

No quarto de casal demos destaque à parede da cabeceira, uma parede trabalhada com textura e que apesar de ser branca cria um jogo de luzes e sombras.

O papel de parede no quarto do bebé é visto da sala, foi então enquadrado quase como se fosse um quadro. Tudo nesta decoração tem que ser visto como um todo, pois os espaços visualmente ligam-se entre si.

Mãos-à-Obra – “Recomeços”

Por Luís Pedro de Abreu

Neste Mãos-à-Obra, Luís Pedro explica-lhe como, usando a arquitectura da casa, se podem criar ideias originais de forma a aproveitar cada canto.

https://www.leroymerlin.pt/

“Natural sofisticado”

Por Ana Antunes

Por trás de cada remodelação e de cada casa há uma história de uma família. Maurício, candidatou-se ao ‘Querido’ para trazer mais alguma felicidade aos pais. Há uns anos o seu pai, Carlos, teve um AVC que lhe trouxe uma incapacidade de mais de 90%, e é a mãe, Cecília, que diariamente toma conta do marido e de todas as tarefas. O desejo de Maurício era que transformássemos a sala de forma a criar um espaço onde o casal possa estar, a fim de facilitar a logística à mãe que toma conta do pai.

Desde logo, Ana Antunes, percebeu que era um sala com potencial e com dimensões consideráveis, e que o essencial era potencializar um espaço que os dois conseguissem usufruir; mais do que realizar um sonho era importante melhorar as condições diárias da vida deste casal. Claro que o projeto tinha que passar por unir a sala à pequena cozinha que tinha dimensões de um corredor. Assim , Cecília que tinha como profissão ser cozinheira e que ainda gosta de aprimorar na sua arte pode ter o marido por perto, na sala.

As paredes da sala eram de uma textura agressiva e para se solucionar esse problema colocou-se gesso cartonado a toda a volta que, depois do primário, foi pintado de branco. Envolver estas divisões em branco era fundamental para dar destaque às texturas da decoração e ao verde que sai da janela do jardim de inverno. Este espaço é dedicado a um casal que já não é jovem e que tem uma casa de campo na cidade, e foi essa a ideia traduzida na decoração; um pouco de campo com os materiais naturais (madeira, palhinha, ratan) e de cidade com as linhas contemporâneas da cozinha, de forma a criar um natural sofisticado.

Na cozinha, um revestimento porcelânico branco texturado de folhagens passou a cobrir as paredes, e o chão dos dois espaços foi revestido com um pavimento cerâmico que imita a madeira. Como foi colocado cerâmico sobre o antigo azulejo teve de ser usada uma cola especifica, assim não foi necessário retirar o antigo. Na continuidade do conceito decorativo da sala as portas de cima dos armários são brancas e as de baixo em madeira e a decoração conta com apontamentos pretos.